II Colóquio Inclusivo de Jaguarari promovido pelo CAAEJ aborda políticas públicas para inserção de alunos autistas na rede regular de ensino

O 2 de abril marca o Dia Mundial de Conscientização do Autismo e, em alusão à data, a Secretaria Municipal de Educação, por meio do Centro de Avaliações e Atendimento Especializado de Jaguarari (CAAEJ), promoveu nesta sexta-feira, (01/04), no Centro de Cultura, o II Colóquio Inclusivo de Jaguarari.

Professores e gestores da Rede Municipal de Ensino, como também, pais e responsáveis de alunos diagnosticados com o Transtorno do Espectro Autista tiveram a oportunidade de acompanhar palestras que abordaram o tema: “Desafios e possibilidades na Inclusão Escolar de Alunos” e foram ministradas pela psicóloga, aplicadora e coordenadora do método de Análise Comportamental Aplicada, Lívia Francielle, a pedagoga e especialista em Psicopedagogia, Joana Salete, que também é mãe de autista, e pela fonoaudióloga especializada em Linguagem e em Transtorno do Espectro Autista, Paloma Martins. O Colóquio também contou com a participação do escritor Edmar Conceição, que compartilhou leituras do livro de sua autoria: “Conversas com o meu filho autista”.

“Nosso objetivo foi refletir sobre as políticas públicas existentes, para que a inclusão do autista na rede regular de ensino aconteça de forma eficaz, garantido direitos de aprendizagem”, disse a articuladora da Educação Inclusiva do CAAEJ, Aracy Alencar. “Temos também a expectativa de que os professores e a comunidade em geral possam ter, de fato, conhecimento da importância de trabalhar com o aluno autista”, completou o coordenador de Jogos e Materiais Adaptados do CAAEJ, Maércio Almeida.

O tema tem suscitado grande interesse no Município, dada à elevada incidência de casos de autismo registrados entre a população local. “O número de casos têm aumentado cada vez mais. Ao todo, em Jaguarari e Pilar, temos 16 casos com laudo médico, fora os que estão em lista de espera para atendimento neuropediátrico e aqueles em que as famílias se recusam a procurar o ‘neuro’, mesmo [a criança ou o jovem] apresentando todas as características do espectro autista”, informou a coordenadora das Salas de Recursos do CAAEJ, Lucimeire Azevedo.

O CAAEJ atende atualmente seis alunos autistas, na faixa etária de 3 a 5 anos, mas chama a atenção para a necessidade das escolas municipais se adequarem para receberem esse público no ensino regular, por isso a importância da realização de encontros como este, que esclarecem e ajudam a preparar profissionais do ensino para a educação inclusiva.

A secretária municipal de Educação, Gelzira Souza, esteve no evento e afirmou que o Município está atento às essas demandas, entendendo a necessidade de estudar formas eficazes de oferecer suporte ao aluno autista dentro do ensino regular.


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